quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Sobre Música...1













Durante muito tempo da minha vida cultivava flores e admirava música, na realidade dedicava mais tempo as flores do que a música....apenas não sabia que a música é uma essência em minha vida e por mais que eu ou qualquer pessoa tente tirá-la, será uma tentativa em vão...

Bem, que eu me lembre meu primeiro contato com música foi aos 7 anos quando ouvia na casa de minha madrinha,que sempre cozinhava ao som de Paulinho da viola, Nana, Dorival e Bethânia. Delirava ao som daquelas notas e vozes que tanto amava. Embora tivesse essa paixão à flor da pele por música tinha que aprender a gostar de flores, até porque minha família têm uma floricultura que abastecia toda a cidade então tinha que trabalhar ou melhor como papai dizia: - você precisa é amar as flores...pois, se apenas cultivá-las por dinheiro elas nunca crescerão e nunca será bem sucedido.

Para evitar problemas esqueci das músicas (o que foi fácil, pois minha madrinha acabara de se mudar para outro estado) e consegui ficar sem prestar atenção nelas até os meus 17 anos..

Quando fiz 10 para 11 anos papai me matriculou no curso de aprimoramento de plantação de flores e comecei a gostar muito, cultivei, aprendi, cheguei até a ensinar algumas coisas para os funcionários da floricultura. O ano de 2000 foi inesquecível para mim, pensei até que nunca mais iria querer saber de música já que a está altura meu coração já batia e minha mente já estava completamente ocupada pelas flores...

Até que no 2º ano do ensino médio, à convite de alguns amigos fui a um barzinho, onde uma cantora novata estava sentada em um banquinho tocando seu violão, viajava de Tom Jobim á Tribalista em seu repertório magnífico na qual me encantou de tal maneira que eu não parava de pensar em nenhum minuto. Passaram os dias, os meses, até anos e eu jamais esquecia aquelas canções que me tocaram tanto o coração naquela noite...

Depois de alguns meses, após aquele show saí da floricultura machucando profundamente os sentimentos de papai. Não queria magoá-lo, porém não poderia mais viver aquela mentira embora na época nem imaginava que as minhas atitudes e vontades eram comando do meu subconsciente e que lá na frente tudo se explicaria...

Era uma época difícil para os músicos, pois a pirataria estava tomando conta do mercado e várias gravadoras estavam fechando as portas, cantores que tinham investido o que ganhara em anos de trabalho para lançar seus discos com produções independentes estavam totalmente arrependidos, entretanto foi a época de minha vida que mais tive acesso a cultura e a música. Longe de casa, freqüentava constantemente shows de todos os tipos. Foi uma época que eu estava afoito. Queria conhecer, explorar, mergulhar...ouvia de tudo... rock, funk, jazz, bossa, samba, pagode...

É verdade... nesta época a música era o meu ópio, contudo, papai jamais poderia saber que eu tinha cambaleado, para o lado da música... ele não gostava de música...pois ,quando mais jovem um cantor de seresta quase arrancou mamãe dos seus braços. Lá em casa era extremamente proibido tocar neste assunto e ouvir música.Exceto pelas vezes que papai estava na floricultura e mamãe colocava aquele único e lindo cd que tinha de Maria Bethânia.

No Carnaval de 2007 fui trabalhar como produtor e percebi que não era aquilo que queria para mim. Ao menos não trabalhar com música! Foi onde descobri que na realidade sou um amante da música e quero sim, que ela faça parte da minha vida, pois como já falei, faz parte da minha essência e, é claro só as melhores delas.

Hoje me tornei bem exigente e seleto, pois só escuto o que gosto e o que é de boa qualidade. Não que eu seja um tapado que não está aberto a um novo estilo musical! Não! Pelo contrário, se tiver valor me apresente pois se tratando de música e que possa me acrescentar em algo, sempre será bem vindo!!!

PS: Hoje em dia, as flores têm um valor fundamental para mim, até porque, sempre preciso delas... é um ótimo presente para um encontro romântico.

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